São Paulo, sábado, 15 de julho de 1995 |
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SP solucionou 12% das chacinas
ANTONIO ROCHA FILHO
São utilizados recursos da Divisão de Homicídios do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), a que a coordenadoria é ligada. As 22 equipes da divisão -18 que entram nas escalas de plantão, três especiais para crimes contra crianças e adolescentes e uma especial para auxiliar em crimes fora da capital- têm que investigar, além das chacinas, os outros casos de homicídios. Cada equipe trabalha atualmente em 200 inquéritos, em média. A equipe A-Leste, por exemplo, tem 270 inquéritos. Algumas equipes investigam mais de uma chacina. É o caso da 1ª E/CAD (especial para crimes contra crianças e adolescentes), que cuida de quatro. A investigação das chacinas da Grande São Paulo e do interior fica por conta das delegacias ou das equipes de homicídios da região. A delegacia de Franco da Rocha (Grande SP), por exemplo, que conta com só dois investigadores, tem que investigar três chacinas -todas sem solução até agora. Em cinco chacinas (15,6%) ocorridas em 95, apenas alguns dos acusados identificados estão presos. Há outros cinco casos (15,6%) em que há acusados identificados, mas que estão foragidos. Um dos crimes (3,1%) -a morte de três pessoas, em 26 de fevereiro- teve o acusado identificado, mas ele se suicidou. Na maioria dos casos -17 (53,1%)-, nenhum acusado ainda foi identificado. A polícia já considera, no entanto, que 15 chacinas estão esclarecidas, por terem seus autores identificados (leia abaixo). As 32 chacinas deste ano causaram a morte de 107 pessoas e deixaram 24 sobreviventes. A polícia identificou 39 acusados de participação nos crimes. Vinte deles (51,3%) estão presos. A grande maioria dos inquéritos sobre as chacinas -24 (75%)- ainda não está concluída. Apenas oito (25%) já foram encerrados e enviados à Justiça. Para chegar ao total de 32 chacinas em 95, foram levados em consideração os dados oficiais da coordenadoria de chacinas e reportagens publicadas pela Folha. Pela contagem da polícia, o número de chacinas é 30. Segundo a coordenadoria, alguns crimes não entram na lista porque não têm características de execução. Não entra na conta da polícia a morte de quatro pessoas da mesma família em Santo André (ABC), em 11 de junho. No caso, o principal suspeito é o ex-marido de uma das vítimas, que estaria inconformado com a separação. Outro crime que não está na lista da polícia é a chacina de três pessoas em Santa Ifigênia (centro de São Paulo), em 20 de junho. Uma briga entre um grupo de ciganos teria motivado o crime. Texto Anterior: Tarifas de pedágios sobem 36% hoje; O NÚMERO; Tentativa de assalto deixa 1 morto no Rio Próximo Texto: Para polícia, há 47% resolvidas Índice |
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