São Paulo, sábado, 15 de julho de 1995
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País fecha ano com saldo positivo, diz Dorothea

HELCIO ZOLINI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A ministra da Indústria, Comércio e Turismo, Dorothea Werneck, disse ontem em Belo Horizonte (MG) que o país deve fechar o ano com saldo positivo na balança comercial de US$ 2 bilhões.
``Chegamos a imaginar que seria possível ter um saldo de US$ 5 bilhões. Mas devemos fechar o ano com saldo positivo de US$ 2 bilhões", disse a ministra.
Segundo ela, a tendência de déficit está sendo revertida. O mês de junho, no entanto, ainda deve apresentar o volume de importações maior que o de exportações.
Dorothea não quis informar o montante do déficit que deve ser registrado nas contas de junho.
A ministra não confirmou a informação dada pelo secretário de Política Econômica, José Roberto Mendonça de Barros, de que em junho o déficit deve ficar entre US$ 800 milhões e US$ 900 milhões.
Dorothea disse apenas que mais de 70% do resultado negativo que deve ser obtido em junho se deve às importações de carros e pelas importações adicionais de combustíveis feitas pela Petrobrás, em função da greve dos petroleiros.
Ela explicou que o objetivo do governo é alcançar o crescimento do fluxo de comércio (exportações e importações), que no ano passado alcançou US$ 76 bilhões (US$ 43 bilhões de exportações e US$ 33 bilhões de importações).
Nos últimos 12 meses, de acordo com a ministra, esse fluxo já atingiu US$ 84 bilhões.
A previsão do governo é de que o fluxo no ano seja de US$ 85 bilhões (correspondente a 1% do comércio internacional ou metade do movimentado por Taiwan).
Dorothea afirmou ainda que o governo não irá promover nenhum tipo de tarifaço no setor público.
``Se houver aumento de tarifa pública ele será pequeno, jamais para todos os setores ao mesmo tempo", disse.
Segundo ela, o aumento será ``muito menor do que todo mundo está imaginando e distribuído ao longo do tempo".
A ministra afirmou ainda que ``não há a menor possibilidade de o governo tomar qualquer decisão que vá fazer voltar a inflação".

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