São Paulo, sábado, 15 de julho de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Diferença entre preços cai com real
FRANCISCA RODRIGUES
A redução deve-se à estabilidade da economia, pois os sinais de mercado são mais visíveis e o consumidor consegue reter na memória o preço de alguns produtos. A explicação é do ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega. Em 1º de julho do ano passado, para se ter uma idéia, a maior diferença entre produtos iguais chegava a 440% e hoje caiu para 181%, segundo pesquisa do Datafolha. Mesmo assim, as variações ainda são muito grandes considerando-se uma economia estável. Para Mailson da Nóbrega, não deveriam existir essas diferenças tão elevadas, mas ele considera natural a dispersão em qualquer mercado. ``Elas dependem da estratégia adotada pelo supermercado, da sua capacidade de compra e da sua estrutura de fornecimento." A pesquisa do Datafolha em 18 supermercados de São Paulo foi feita com cerca de cem itens nos setores de alimentos, higiene e beleza e artigos de limpeza. Ela constatou que a diferença de preço de um mesmo produto é de 181%. Isso significa que o consumidor pode comprar um sabonete Palmolive por R$ 0,59 e, em outra, por R$ 0,21. Para Omar Assaf, vice-presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), a diferença é explicada pelas ofertas de alguns supermercados, enquanto outros têm o preço normal. ``Mesmo assim, creio que o valor de R$ 0,59 tem algum erro da loja." Segundo ele, a dispersão hoje em dia pode atingir 80%, dependendo do produto. ``Passou disso, já entra no campo do absurdo." O economista Gil Pace diz que essas diferenças são exageradas e não se justificam. Ele entende que os empresários estão adotando a política de redução de estoques por causa dos juros ``agióticos". Os empresários procuram vender mais barato, aplicam o dinheiro no mercado financeiro e não repõem o estoque na mesma quantidade. Para Pace, as diferenças de preços não deveriam oscilar mais do que 15%. Mesmo assim, quando o produto estiver em promoção. Texto Anterior: Juiz do Trabalho é destituído no Rio; Ceará atrai indústrias com incentivo fiscal; Funcionários da GM aprovam o abono Próximo Texto: Mais cheques são devolvidos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |