São Paulo, domingo, 16 de julho de 1995 |
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Ausentes culpam as suas 'bases eleitorais'
AUGUSTO GAZIR; DANIEL BRAMATTI
O deputado Francisco Diógenes esteve em Roma (Itália), num encontro de revendedores da Volkswagem, realizado entre os dias 22 de maio e 5 de junho. ``Também viajei para o interior do Acre para ver do que os prefeitos aliados precisavam. Todo deputado tem de fazer essas coisas", disse. Mauro Fecury afirmou que não teve todas as faltas apontadas pela Câmara. Ele também disse que não considerava importante o fato de seu nome aparecer na lista. ``Não são só as presenças que avaliam o deputado. Quando você está na base, trabalha mais do que na Câmara", disse ele. Emerson Olavo Pires disse que em pelo menos oito das suas faltas estava no seu Estado com ``problemas políticos e de transporte". Nas outras faltas, Pires disse estar em audiências nos ministérios tratando de questões relativas a seus Estados. ``No segundo semestre, não vou querer fazer tudo ao mesmo tempo", afirmou. O deputado Adhemar de Barros Filho disse que participou de ``praticamente todas as sessões". Ele admitiu, porém, que não fez controle de faltas. Raul Belém disse não ter todas as faltas e que fez um ofício ao secretário da Mesa. ``Não sei de onde eles tiraram isso", afirmou. O deputado cearense Nelson Otoch disse que faltou às sessões porque tinha ``outras responsabilidades" no Ceará. ``Lamentavelmente ainda não posso ser deputado em tempo integral. Sou um empresário conceituado", afirmou. O deputado Newton Cardoso contestou o número de faltas que a Câmara lhe atribuiu. Cardoso afirmou que encaminhou um recurso à Mesa, pedindo a anulação de 6 das 8 faltas apontadas. A assessoria do parlamentar não forneceu o documento, que teria ficado com uma funcionária que está em férias. Jayme Santana afirmou que é diabético e esteve afastado por problemas de saúde, sem encaminhar o atestado médico à Mesa da Câmara. Segundo o deputado, em algumas sessões ele esteve na Câmara, mas não marcou presença. Os deputados Itamar Serpa, Davi Alves Silva, Antônio Joaquim Araújo, Theodorico Ferraço, Mário de Oliveira, Vittorio Medioli e Augustinho Freitas foram procurados durante toda a semana passada pela Folha em seus Estados. Eles não responderam aos recados deixados com parentes e assessores. (Augusto Gazir e Daniel Bramatti) Texto Anterior: Dois deputados têm projetos idênticos Próximo Texto: OS DEPUTADOS QUE MAIS FALTARAM Índice |
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