São Paulo, domingo, 16 de julho de 1995
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Fleury nega irregularidade

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria do ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho nega suspeita de superfaturamento da rodovia.
Segundo seu assessor Germano Oliveira, o ex-governador recebeu a estrada custando R$ 1,2 bilhão e tentou negociar com os empreiteiros redução do seu custo para R$ 880 milhões.
``Como os valores chegaram a R$ 1,6 bilhão, não sabemos", disse Oliveira.
O contrato inicial para a construção da rodovia, assinado em 20 de fevereiro de 1990 (governo Orestes Quércia), previa um custo total de R$ 360 milhões.
A obra teve apenas um pequeno trecho iniciado em 90, mas foi paralisada.
Seu início efetivo ocorreu em 91 (gestão Fleury), quando o contrato foi atualizado para R$ 446 milhões.
Os aditamentos que elevaram o preço para R$ 1,6 bilhão ocorreram em agosto de 92, junho de 93 e junho de 94, todos na gestão Fleury.
Oliveira afirmou, anteontem, que o ex-governador não se pronunciaria mais sobre a Carvalho Pinto.
Segundo declarações anteriores de Fleury, o aumento no custo da estrada se deu devido a mudanças no traçado original, em função de exigências ambientais.
A Folha procura os ex-presidentes da Dersa do governo Fleury há oito dias.
Na sexta-feira, dia 8, os ex-presidentes Paulo Bonomo, Antonio Ribeiro e Álvaro Gabriele foram procurados, cada um deles, em mais de dois telefones diferentes.
Bonomo e Ribeiro não foram localizados. A reportagem deixou recado na casa de Gabriele, mas não houve retorno. Eles voltaram a ser procurados quarta, quinta e anteontem, mas não retornaram as ligações.
(AL)

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