São Paulo, domingo, 16 de julho de 1995
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Ex-presidentes são processados

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

Três ex-presidentes da Dersa já respondem a ação civil pública devido a suspeitas de irregularidades em um dos contratos da rodovia.
A Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo entrou no último dia 6 com ação contra os ex-presidentes Paulo Antonio Bonomo, Antonio Márcio Meira Ribeiro e Álvaro Paschoal Nacif Gabriele.
Além deles, foi denunciada a Protran Engenharia, empresa responsável pela realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto de Meio Ambiente (Rima) da Carvalho Pinto, em janeiro de 1991.
Esses estudos detectam qual o impacto ambiental da obra.
O contrato da Protran com a Dersa foi feito sem licitação. Seu valor inicial, de R$ 905,4 mil, passou para R$ 3,1 milhões. Sucessivos aditamentos elevaram o preço do estudo em 245%.
O juiz José Maurício Conti, da 11º Vara da Fazenda Pública, acatou, no último dia 11, proposta de ação civil do Ministério Público.
A ação visa a restituição dos supostos prejuízos que teriam sido causados aos cofres públicos.
Ao receberem a intimação judicial, os acusados poderão apresentar contestação por escrito. Além dos três ex-presidentes, foram citadas 11 ex-diretores da Dersa e dois sócios da Protran.
A procuradoria está atualmente investigando os contratos ``paralelos" que envolvem a construção da Carvalho Pinto, como os de gerenciamento e fiscalização da obra.
Além dessa investigação, duas auditorias especiais, uma do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e outra da Dersa, também apuram suspeitas de irregularidades nos contratos firmados com as sete empreiteiras que executam a obra.
A auditoria que está sendo realizada pela Dersa foi aberta a pedido da procuradoria.
Nenhuma das três investigações foi concluída.
(AL)

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