São Paulo, domingo, 16 de julho de 1995
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Antônio Carlos pode virar líbero contra o São Paulo

HUMBERTO SACCOMANDI
DO ENVIADO A RIBEIRÃO PRETO

O Palmeiras pode utilizar um líbero hoje contra o São Paulo, em Ribeirão Preto.
No treino da última sexta-feira, o volante Flávio Conceição sentiu uma contusão no músculo adutor (virilha) da perna esquerda.
Ele fará um teste de avaliação momentos antes do clássico.
Segundo o departamento médico do Palmeiras, é mais provável que ele não possa atuar.
Nesse caso, o treinador Carlos Alberto Silva já avisou que vai introduzir uma novidade tática para a equipe: o líbero.
``Se o Flávio não puder jogar, o Tonhão entra para fazer dupla de zaga com Cléber. O Antônio Carlos jogaria então mais atrás, como líbero", disse Silva.
Comum no futebol europeu, o líbero é pouco usado pelos clubes no Brasil.
Com o líbero, o time joga num esquema 5-3-2 (cinco defensores, três meio-campistas e dois atacantes) ou 3-5-2 (com os laterais mais avançados, junto ao meio-campo).
Ele deve ser um bom marcador e habilidoso na armação de jogadas. O italiano Baresi é considerado o exemplo clássico de líbero.
Na defesa palmeirense, Antônio Carlos jogaria atrás da dupla de zagueiros, cobrindo eventuais saídas de Cléber e Tonhão.
Quando o time tem a posse de bola, o líbero (palavra italiana que significa livre) tem liberdade para avançar, tornando-se um elemento surpresa no ataque.
Antônio Carlos aprova a nova função. Faz tempo que o capitão palmeirense vem reivindicando mais liberdade para avançar.
Além dessa possível alteração, o treinador confirmou a volta de Wágner à lateral esquerda, no lugar de Amaral, que está suspenso.
A opção por Wágner evidencia a disposição do técnico de fazer o time pressionar pelas laterais.
Silva pediu ainda mais atenção aos jogadores nos passes.
Segundo o Datafolha, o Palmeiras é o time que mais erra passes no Grupo 1 do Paulista.
O time tem média de 28% de passes errados nos primeiros quatro jogos desta fase, contra 27% de Guarani e Mogi e apenas 22% do São Paulo.
O Palmeiras também é o time que mais comete faltas no grupo. São 28 por partida, em média, contra só 19 do São Paulo.
Para os palmeirenses, a equipe são-paulina, desfalcada na defesa, vai jogar no contra-ataque.
(HuSa)

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