São Paulo, domingo, 16 de julho de 1995 |
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GP da Inglaterra é palco para debates sobre a F-1
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
O GP da Inglaterra, a oitava etapa do Mundial deste ano, acontece hoje no circuito de Silverstone- a partir de 10h (de Brasília), com TV- envolvido em discussões. O autor do primeiro palpite, o estopim do debate, foi Flavio Briatore, diretor da Benetton, que sugeriu a adoção de duas baterias em cada GP, formato utilizado na antiga F-2 e nas atuais corridas de Turismo. A resposta veio rápida. ``Briatore viu uma corrida de Turismo e pensa, agora, que é um gênio." A frase é de Bernie Ecclestone, presidente da Foca (Associação de Construtores) e considerado o dono da categoria. Na verdade, Ecclestone rechaça qualquer tipo de mudança em seu reino. E tem uma boa justificativa para isso: os índices de audiência, em âmbito mundial, vêm crescendo, segundo a Foca. Damon Hill, da Williams, também foi sarcástico. ``Só falta a gente ter que correr até os carros", afirmou, se referindo à tradicional das 24 Horas de Le Mans. Os defensores das duas baterias dizem que, com esse formato, a corrida daria mais chances aos pilotos. Alguém que, por exemplo, bateu ou quebrou na primeira prova teria a oportunidade de disputar a segunda. A teoria é reforçada pela idéia de que o torcedor do tal piloto teria também uma chance a mais de ver seu ídolo na pista. Outra sugestão é o sistema da Indy, com bandeiras amarelas e carro madrinha. Mas esta tem poucos adeptos. Gerhard Berger, da Ferrari, foi enfático. ``A questão é simples. Você quer um esporte ou quer um show? Ou deixamos do jeito que está, pois a F-1 é um esporte, ou é melhor irmos ao cinema", declarou o piloto austríaco. Apenas uma sugestão, o fim do reabastecimento, encontra certa concordância. Muitos pilotos e equipes pedem a extinção do sistema. NA TV GP da Inglaterra, Globo, ao vivo, às 10h Texto Anterior: Uruguai quer `sufocar' Bolívia em Montevidéu Próximo Texto: Silverstone vive de boatos Índice |
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