São Paulo, domingo, 16 de julho de 1995 |
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Pechinche na hora de comprar carro zero
EDUARDO LIMA; LUCIANO SOMENZARI; MARCELO TADEU LIA
Apesar da tentação, é melhor não se empolgar demais. No caso de compra à vista, sempre é bom pechinchar ao máximo, depois de pesquisar bem os preços. Financiar exige cautela redobrada, para evitar dívidas que não possam ser honradas daqui a um ano ou dois. Nos dois casos, quem comprar carro agora vai ficar com um modelo um ano defasado, porque a partir do mês que vem começa a chegar às revendas a linha 96 (no caso do Uno, os carros já estão disponíveis). É tradição no mercado queda de preço quando muda o ano de fabricação, por menores que sejam as modificações nos carros. O setor de carros usados, principalmente das lojas independentes, não é tão atraente. Pode ser boa aposta esperar mais para comprar um usado, porque os preços tendem a cair. Quem tem usado para vender não deve contar muito com o preço mostrado nas tabelas. A demora para vender um usado é grande e muitas vezes o negócio acaba saindo por preço inferior ao pedido inicialmente. Virada Segundo dados da Fenabrave (federação que reúne as revendas autorizadas), há 132 mil veículos novos nas concessionárias esperando compradores. Isso equivale a um mês inteiro de vendas. Há carros para pronta entrega de quase todos os modelos, inclusive ``populares", que até o mês passado eram vendidos com ágio. ``A rede está trabalhando com prejuízo", reclama Humberto Pereira Carneiro, presidente da Abracaf (associação de revendas Fiat). Para ele, o excesso de oferta obriga as revendas a desovar estoques. O Logus CL na revenda VW Primo Rossi, por exemplo, tem 20% de desconto à vista: de R$ 20.249 por R$ 16.400. Um Monza GL a álcool, na revenda GM Duarte Chaves, tem desconto de 10%. O modelo com todos os opcionais, cujo preço é de R$ 20.537, é vendido a R$ 18.500. LEIA MAIS sobre financiamentos para carros na pág. 2 Próximo Texto: Financiamento vem de fora Índice |
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