São Paulo, domingo, 16 de julho de 1995
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Tração nas quatro rodas é destaque do Legacy

GRACILIANO TONI
EDITOR DE VEÍCULOS

A tração nas quatro rodas do Subaru Legacy ajuda a manter o carro grudado no chão em qualquer tipo de curva -mesmo quando o piso é irregular, o que costuma ser um terror para carros importados.
O carro só derrapa mesmo no preço. A US$ 45.600, custa praticamente o mesmo que o Omega CD, carro com acabamento e desempenho superiores.
O Subaru leva vantagem sobre o modelo da Chevrolet em pisos irregulares e em estradas escorregadias. Em qualquer outra situação, seu concorrente nacional fica na frente.
Apesar de andar menos, o Legacy é mais agradável. Sua direção é mais precisa, o câmbio tem menor distância entre as posições das marchas e o posicionamento das alavancas e botões de comando é melhor.
Diferente da maioria dos motores de quatro cilindros -quase todos em linha, enfileirados-, o motor do Legacy, com cilindros opostos (o desenho é muito parecido com o do motor do Fusca), consegue ser muito mais macio.
Em nenhuma rotação há vibrações. De quebra, emite ruído bastante simpático, que passa a sensação de tranquilidade, apesar de seu nervosismo quando o carro é acelerado com vontade.
Nas baixas rotações, o motor do Legacy tem mais força que os de seus rivais de mesma cilindrada com motores em linha. Apesar de suas boas características, o propulsor do carro da Subaru não é páreo para o motor de 4.100 cc do Omega, mais potente e elástico.
O sistema de som do Subaru, com toca-discos laser Pioneer, tem ótimo funcionamento. Seus alto-falantes estão em ótima posição, favorecendo a difusão do som. Mesmo em volume elevado, não há distorção.
Bancos confortáveis ajudam a deixar o motorista do Legacy descansado, não importa o tempo de viagem.
Também colabora para o alto grau de conforto do carro o bom isolamento contra ruídos -só escapam barulhos do painel.
Quando o carro trepida -o que ocorre em 90% das vias brasileiras-, é possível ouvir claramente o som dos plásticos do painel vibrando. Em paralelepípedos, fica ruim mesmo.
Apesar dos ruídos, o Legacy prova estar bem adaptado ao Brasil quando é obrigado a superar lombadas curtas e altas ou valetas fundas. O carro nunca raspa no chão. Em muitos casos, se sai melhor que a maioria dos nacionais.
Mesmo exigidas ao máximo, as suspensões do Subaru não ficam barulhentas. Graças a sua eficiência e à tração nas quatro rodas, o carro é estável o tempo todo.
Em alta velocidade -o carro viaja tranquilo a 180 km/h em boas estradas e toca os 200 km/h em longas retas-, a direção do Legacy continua precisa.
Quando é preciso acionar os freios, o Legacy também transmite segurança. Além de parar em espaços curtos, a trajetória do carro é sempre reta -o sistema antitravamento ABS ajuda muito.
Enquanto carros normais perdem tração e tendem a derrapar em pisos ruins, o Legacy se mantém firme. Na chuva, o sistema de tração integral do carro também faz diferença.
Nas provas de aceleração, em que toda a transmissão é exigida ao máximo, carros potentes com tração traseira -menos- ou dianteira -bem mais- ficam com os pneus patinando quando o motor é muito exigido. No Legacy, os pneus não giram em falso.

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