São Paulo, domingo, 16 de julho de 1995 |
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Até telefone entra no negócio em revendas
DA REPORTAGEM LOCAL Na guerra para a ``desova" dos carros em estoque valem todos os artifícios para fechar negócios.Além das já conhecidas formas de pagamento, é possível dar até linha telefônica como forma de pagamento. As revendas Primo Rossi (VW) e Caltabiano (Ford) são dois exemplos. Fazem negócios aceitando telefone. ``As pessoas estão descapitalizadas. É por isso que fazemos esse tipo de negócio", afirma Bruno Caltabiano, diretor da Caltabiano. Algumas lojas independentes de usados também aceitam telefones, segundo o presidente do Sindiauto, Avelino Teixeira Júnior. Carros usados de qualquer modelo ou marca, em bom estado, também servem como pagamento. Alguns diretores de concessionárias alertam, porém, para a excessiva desvalorização a que esses carros estão sujeitos na hora da negociação. Segundo eles, um modelo seminovo pode sofrer uma desvalorização de até 30% em relação aos preços praticados pelo mercado. No caso dos ``populares" usados, a desvalorização é um pouco menor -cerca de 12%, de acordo com esses revendedores. Os financiamentos são outra opção (leia texto nesta página). A rede Fiat estuda a possibilidade de trabalhar com juros de 2% ao mês. Na maioria das revendas, o juro está entre 4% e 7%. Outro fator importante na hora da compra é a pechincha. ``Quem tem dinheiro pode realizar o melhor negócio da vida", exagera Avelino Teixeira. O fato é que os compradores de carros usados, segundo o próprio Teixeira, quase nunca fecham negócios à vista. Os pagamentos a prazo, quando havia linhas de crédito para o financiamento, significavam cerca de 60% das vendas. ``Os preços nas lojas independentes estão estáveis. Vai depender muito da negociação da pessoa", afirma. Texto Anterior: Concessionárias se unem para `desovar' usados Próximo Texto: ``Populares" têm desconto Índice |
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