São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Instalação de carpetes de madeira causa queixas

DANIELA FERNANDES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Mais fáceis de limpar do que os carpetes normais e mais baratos do que as tábuas corridas, os carpetes de madeira vêm conquistando cada vez mais adeptos. Se os consumidores estão, na maioria dos casos, satisfeitos com a qualidade do produto, reclamações não faltam em relação às empresas que instalam este tipo de piso.
``As pessoas não vêm reclamar do produto e sim da instalação", diz Maria Stela Gregori, técnica do Procon (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor).
As queixas se referem ao atraso e à má qualidade da instalação, à entrega de produtos diferentes dos que haviam sido adquiridos na loja e problemas de umidade com o carpete, diz Gregori.
Iara Velasques, 44, comprou um carpete de madeira de tonalidade escura na Ouro Piso do Brooklin (zona sul de São Paulo) em março passado. Ela diz que o piso entregue era bem mais claro e que antes da colocação ligou para a loja para notificá-la do engano.
``Eles me disseram que a madeira vinha naquela cor e que em quatro meses ela atingiria o tom desejado", afirma.
``Soube por amigos que colocaram o mesmo tipo de piso três anos atrás que a madeira escurece, mas não atinge a tonalidade afirmada pela empresa", diz.
Cosme Milat, 47, proprietário da Ouro Piso, afirma que ``a mercadoria entregue foi a mercadoria que a cliente adquiriu na loja". Ele diz que a tonalidade do piso varia conforme a luz que incide sobre a madeira.
Segundo Milat, a cliente viu na loja um piso em jatobá instalado havia quase dois anos. Ele diz ainda que não pode afirmar quando a madeira vai escurecer porque não sabe a quantidade de luz que incide sobre o carpete de Velasques.
A demora na instalação é outro tipo de reclamação frequente. A bancária Iara Nascimento Alves, 37, afirma que a Tapeçaria Chic atrasou três semanas a instalação de seu carpete de madeira.
A loja solicitou que ela comprasse uma metragem maior no caso de ocorrer perda na instalação. Segundo Iara, a metragem entregue não correspondia àquela que foi paga. Ela diz que a Chic devolveu a quantia paga a mais.
Os clientes da Chic também devem pagar a recolocação das portas após o carpete ser instalado. Esta despesa (R$ 15 por porta) não está escrita no orçamento.
João Merli, 51, gerente de vendas da Tapeçaria Chic, diz que o preço para recolocar as portas não está incluso no orçamento porque alguns clientes preferem fazer o serviço por conta própria.
Para ele, o atraso na instalação pode ter ocorrido porque a data prevista era próxima ao Carnaval.

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