São Paulo, segunda-feira, 17 de julho de 1995 |
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Conhaque provoca `briga' entre governos
LUCAS FIGUEIREDO
Uma das ``brigas" mais charmosas do setor acontece em torno do conhaque. Há 15 anos, a França tenta convencer o governo brasileiro que só podem ser chamadas de conhaque as bebidas fabricadas na região francesa de Cognac, onde ele foi criado. O governo brasileiro defende os populares conhaques nacionais com a justificativa de que eles podem não ser tão bons quanto os da França, mas suas marcas estão registradas há anos. As negociações envolvem diplomatas, técnicos e ministros. Enquanto não se resolve a questão, o governo brasileiro fez uma concessão: não registra mais bebidas com nome de conhaque. Sorte para os poucos conhaques que já estão no mercado, como o Dreher e o Alcatrão São João da Barra. Neste jogo etílico-comercial, a França tentou ganhar a simpatia do Brasil com o reconhecimento da cachaça como uma marca genuinamente brasileira. Ou seja, para receber o nome de cachaça na França, tem de ser brasileira. Supremo em dúvida Mesmo com o agrado francês, o STF (Supremo Tribunal Federal) não teve dúvida quando foi chamado a definir uma pendenga que envolvia os dois países, mais uma vez no ramo etílico. Graças a uma decisão da Justiça, vinhos brancos espumantes podem receber no Brasil o nome de champanhe. Menos sorte tivemos com o Japão. Além de usar a marca cachaça em bebidas que nem de longe lembram a pinga, os japoneses ainda pirateiam marcas conhecidas, como Nega Fulô, Pirassununga 51 e Velho Barreiro. Uma marca bem protegida evita esse tipo de problema. É o que acabou de fazer o piloto de F-1 Rubens Barrichello. Ele recentemente conseguiu o registro de seu nome como marca a ser usada em produtos como pneus, carros e acessórios. Texto Anterior: VW implanta em Resende sistema inédito de produção Próximo Texto: Marca própria cresce no supermercado Índice |
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