São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995 |
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Pequenos agricultores obtêm boa renda sem destruir a floresta
JOSÉ ALBERTO GONÇALVES
``Muitos agricultores que migraram para Rondônia desmataram além do necessário, mas há aqueles que desenvolveram um sistema de cultivo que gera renda e protege o meio ambiente", diz Evaristo Miranda, pesquisador da Embrapa. A redução do desmatamento em Machadinho d'Oeste foi verificada nas imagens de satélite recebidas pelo NMA (Núcleo de Monitoramento Ambiental e por Imagens de Satélite) da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Campinas (SP). O tamanho das propriedades varia entre 31 ha e 123 ha. Para diminuir a derrubada da floresta e encontrar uma forma de cultivo menos degradante, os 36 agricultores passaram a fazer o plantio consorciado. Lavouras anuais, como arroz e milho, são plantadas na mesma área de culturas perenes (café, cacau e seringueira, principalmente). Assim, o café tornou-se o produto mais importante na região, gerando capital para ser aplicado na compra de terras e insumos. A produtividade média da cultura atinge 1.239 kg/ha, acima das médias de Rondônia (689 kg/ha) e nacional (920 kg/ha). Segundo Miranda, o cacau não teve o mesmo desempenho, por causa de orientações equivocadas de agrônomos. ``Orientava-se o agricultor a derrubar a mata para plantar cacau, mas o sombreamento proporcionado pela floresta à lavoura no sul da Bahia é um dos principais fatores de aumento na produção". A produtividade média do cacau em Machadinho d'Oeste em 93 girava em torno de 270 kg/ha, abaixo da média nacional (897 kg/ha). Texto Anterior: Nova linhagem é resistente ao cancro da haste Próximo Texto: Manual identifica 352 espécies do Brasil e ensina como plantar Índice |
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