São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995 |
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Marinha diz que vai indenizar moradores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA SUCURSAL DO RIO Impacto das explosões arrancou portas e janelas e provocou rachaduras em casas da Ilha do GovernadorA Marinha promete indenizar as famílias que tiveram seus imóveis danificados por causa da explosão de anteontem no Centro de Munições da Marinha, na ilha do Boqueirão, no Rio. Segundo a diretoria de Relações Públicas da Marinha, a corporação definirá, caso a caso, quem terá direito a indenização. Ainda não foi definida a forma como os moradores devem reivindicar as indenizações. Em muitas casas da Ilha do Governador, próxima da do Boqueirão, o impacto da explosão derrubou tetos e rachou paredes. Janelas de voaram pelos ares e portas foram arrancadas das dobradiças. Os moradores procuraram o Comando de Fuzileiros Navais para saber se havia risco de novas explosões e de desabamento. No hotel Plage, na praia do Bananal, metade dos quartos está com o teto ou os boxes dos banheiros destruídos. O proprietário, Guilherme Wallenkamp, teve que fechar as portas do estabelecimento. Os cinco casais que estavam no hotel quando a explosão começou saíram sem pagar a conta, de tão apavorados. Segundo Wallenkamp, R$ 200,00 foram roubados do caixa durante a correria. O proprietário calcula que seu prejuízo chegue a R$ 40 mil. Sérgio Teixeira Coelho, 52, saiu de casa anteontem depois da segunda explosão. Ao voltar, ontem, viu que o teto de gesso tinha desabado em duas salas. ``Estou com medo que a casa caia sobre minha família. Vou para a casa dos meus parentes." Resgate O vereador José Morais (PMDB-RJ) comandou os primeiros socorros das vítimas no final da tarde de domingo, com o barco Leo's 4. ``Parecia a bomba atômica. Na segunda explosão, a gente sentia o corpo coberto de pólvora." Os fuzileiros foram resgatados pelo Leo's 4 nas pedras próximas às ilhas de Nhanquetá e do Rijo, também ocupadas pela Marinha. ``No barco, eles se abraçavam, choravam e riam, comemorando porque estavam vivos. Um deles disse que havia outros fuzileiros na ilha, correndo risco de vida." Texto Anterior: Banco Mundial financia projeto na Bahia; O NÚMERO; Pedreiro é morto a tiro em Catanduva; Laudo sobre queda de teleférico é concluído; Presos 3 suspeitos de matar freira em AL; SUPERSENA Próximo Texto: Baía tem `cinturão explosivo' Índice |
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