São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995 |
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Universidades fecham convênio com o MIT
FERNANDO ROSSETTI
O convênio deverá envolver colaboração em campos que vão da formação de professores e revisão de currículos de pós-graduação até desenvolvimento de tecnologia para empresas nacionais. O MIT é uma das instituições de ensino superior e pesquisa mais destacadas do mundo. Como os investimentos do governo dos EUA em ciência e tecnologia em queda, o instituto busca novas alianças. Uma reunião com técnicos do MIT está sendo agendada para ocorrer até o início de agosto, quando o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado, Emerson Kapaz, deverá apresentar a proposta brasileira para o convênio. A idéia, segundo o pró-reitor de Pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Carlos Henrique de Brito Cruz, 38, é criar um Centro de Inovação Tecnológica dentro da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Lá, o CIT-SP será ``incubado" durante dois anos, tendo inicialmente como principal programa o convênio com o MIT. Durante esse período, novas instituições de outros países poderão se agregar. No Brasil, além das universidades estaduais paulistas, também estão negociando o convênio o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), a Uniemp (Fórum Permanente das Relações Universidade-Empresa) e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP). A comissão que está elaborando o convênio quer fechar o negócio até o final de agosto. ``É preciso tomar todo o cuidado para preservar a autonomia das instituições paulistas", diz Cruz. Outra preocupação é que a verba dos projetos fique no país e não escoe para os EUA pelo convênio. Em setembro, a CIT-SP começa a receber proposta de projetos -que podem vir de empresas ou das próprias universidades. Acredita-se também que, com a ``grife" do MIT, empresários brasileiros se interessarão em investir no desenvolvimento de tecnologia. Também está atualmente em elaboração um convênio do Estado de São Paulo com a Universidade Harvard, dos EUA. Este visa formar mão-de-obra especializada para empresas em processo de concessão ou privatização. Embora nenhum dos envolvidos diga abertamente, a idéia é que o Estado de São Paulo, para atrair investimentos e novas indústrias, no lugar de oferecer incentivos fiscais -como ocorre no Rio-, ofereça tecnologia e capacidade de desenvolver as empresas locais. Texto Anterior: Publicitários não comentam Índice |
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