São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995 |
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Balança comercial tem 8º déficit
LUCAS FIGUEIREDO
O déficit acumulado no primeiro semestre deste ano ficou em US$ 4,26 bilhões. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros, disse ontem que a balança deverá registrar saldos positivos somente ``nos últimos quatro ou cinco meses do ano". ``O resultado do ano não será brilhante, quando comparado com a nossa história", afirmou. Técnicos do governo consultados pela Folha prevêem o pior resultado desde 1980, quando a balança comercial registrou um déficit de US$ 1,2 bilhão. Segundo Mendonça de Barros, o déficit de junho foi causado principalmente pelo aumento das importações de automóveis, combustíveis e lubrificantes. As importações de veículos em junho foram de US$ 538 milhões, o que representa 10,99% das compras no mercado externo. Em relação a maio, a alta foi de 34,9%. O secretário disse que o governo espera que as importações se estabilizem daqui para frente devido às medidas adotadas pelo governo para restringir a entrada de produtos externos no país. A emissão de guias de importação está em declínio, de acordo com o secretário de Comércio Exterior, Mauricio Cortes. Em junho, a média diária de guias emitidas foi a menor do ano (US$ 320,8 milhões). Em relação a maio, houve queda de 25%. Importações Em junho, as importações foram de US$ 4,89 bilhões, o que significa um crescimento de 95,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Mendonça de Barros disse que o governo não irá proibir o financiamento de importações de forma indiscriminada. Segundo ele, esta medida é possível somente em alguns casos específicos. ``Nós não estamos pensando em nada substantivo com relação a travar o processo de abertura de importações", afirmou o secretário. Em junho, a importação de bens de capital (máquinas e equipamentos) e matérias-primas caiu 5,4% e 5,8%, respectivamente, em relação a maio, enquanto as compras de bens de consumo duráveis cresceram 18,8%. Exportações As exportações de junho ficaram em US$ 4,12 bilhões, valor recorde para os resultados verificados naquele mês. As vendas no mercado externo foram 10,52% maiores que o mesmo mês de 94. A média diária de exportação em junho (US$ 196,2 milhões) representa a maior média mensal deste ano. Próximo Texto: Prato indigesto; Antes da sobremesa; Briga na cozinha; Virando a mesa; Na berlinda; Fuso antecipado; Disputa à distância; Pé de meia; Dúvidas no ar; Compras à vista Índice |
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