São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995
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Assinatura telefônica pode subir até 720%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O porta-voz da Presidência, Sérgio Amaral, afirmou ontem que o governo estuda mudanças na cobrança do preço da assinatura de telefone. Os estudos indicam que estas tarifas podem subir até 720%, passando dos atuais R$ 0,61 para R$ 5.
``Não existe qualquer `tarifaço'. O que vai haver na área telefônica é um reajustamento normal, inclusive não tem a ver com a inflação", disse Amaral. Segundo ele, o reajuste é para atualizar o custo do serviço para que as companhias ``possam prestar um serviço adequado à população".
Sérgio Amaral disse que até agora não está decidido qual o percentual do reajuste, nem quando ele ocorrerá. ``O que existe são estudos para uma reestruturação da forma como são cobradas estas tarifas", completou.
O porta-voz disse ainda que não caberia ao presidente Fernando Henrique Cardoso aprovar ou não cada aumento de tarifa.

Energia
As tarifas de energia elétrica no Brasil são ``escandalosamente" baixas e se caracterizam como as menores do mundo.
A afirmação é do presidente do consórcio Iven (bancos Pactual, Nacional, Bozano,Simonsen, Icatu, Citibank e o grupo argentino Perez Compac), José Luiz Alquéres, que comprou o controle acionário da Escelsa (Central Elétrica do Espírito Santo).
Na assinatura do primeiro contrato de privatização do governo Fernando Henrique Cardoso, Alquéres não reivindicou reajuste das tarifas, mas afirmou que, no Chile, os preços praticados no setor são, em média, 60% superiores e, na Argentina, 40%.
Alquéres criticou a política de tarifas do governo. ``Desde 1974, o governo usa a contenção das tarifas na tentativa de segurar índices de inflação. Esta política decididamente não dá certo."

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