São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 1995
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Bresser descarta o "toma lá, dá cá"

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O ministro da Administração e Reforma do Estado, Luiz Carlos Bresser Pereira, disse ontem que o governo não vai negociar com o Congresso Nacional a emenda constitucional da reforma administrativa. ``Vamos ter uma agenda para discutir com os partidos. Não vai acontecer toma lá, dá cá", afirmou.
Bresser Pereira disse que já se reuniu com a bancada do PSDB durante o recesso parlamentar e que agendou para o dia 8 de agosto um encontro com a bancada do PMDB. No dia 10 será a vez dos parlamentares do PFL. Em seguida, ainda sem data, virá o PPR.
O ministro afirmou que pretende também conversar sobre a reforma com parlamentares dos partidos de oposição, como PT e PDT. Na opinião de Bresser, a reforma ``vai passar com bem mais facilidade que se esperava".
O ministro afirmou que após o fim da estabalidade, proposto na emenda, as demissões por excesso de pessoal no funcionalismo federal serão ``muito poucas". Segundo ele, nos últimos tempos as saídas por aposentadoria vêm sendo maioresue as admissões de pessoal. O ministro afirmou também ser praticamente impossível medir o ganho em dinheiro que o governo terá com a reforma.

Isonomia
Segundo o ministro, a mudança da Constituição só vai evitar problemas jurídicos e políticos gerados por disputas entre categorias funcionais que acham que valem tanto quanto outras e que entram em interminável disputa por uma isonomia que acaba nunca sendo alcançada.

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