São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 1995 |
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Deficiência protéica protege contra malária
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Carência genética de certa proteína é responsável por redução à metade do risco de se contrair a doençaUma deficiência protéica relativamente inofensiva seria responsável por uma maior proteção de seus portadores contra a malária. A deficiência, que é transmitida geneticamente, é mais comum na África, continente que concentra 90% dos casos de malária. “Em dois grandes estudos, com mais de 2.600 crianças africanas, a deficiência estava associada a redução de 48% a 54% do risco de malária em mulheres e homens”, disse Adrian Hill, membro da equipe de cientistas da Universidade de Oxford (Reino Unido). Os cientistas - que publicam suas conclusões na edição de hoje da revista científica “Nature” - sabiam que a deficiência da proteína apresentava, de alguma forma, proteção contra a doença. Eles não sabiam, entretanto, se ambos os sexos eram beneficiados ou o grau de tal proteção. Apesar de seu novo aspecto benigno, a deficiência era considerada uma desvantagem significativa até então. O principal problema causado pela deficiência da proteína - uma enzima chamada de glucose-6-fosfato deidrogenase (G6PD) - é a ocorrência de hemólise quando o indivíduo ingere certos venenos, remédios e até mesmo alguns alimentos, como feijões. A hemólise é o processo de destruição de glóbulos vermelhos do sangue, o que libera a hemoglobina, pigmento responsável pelo transporte de oxigênio às células. Apesar desse lado negativo da deficiência, os pesquisadores a consideram muito menos perigosa que a malária, que é transmitida pela picada de mosquitos. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que cerca de 500 milhões de pessoas são contaminadas pela malária no mundo a cada ano. Desse total, de 1,5 milhão a 3 milhões morrem. A maioria das vítimas são crianças. Texto Anterior: PC vai hoje à missa de 1 ano da morte de Elma Próximo Texto: Drogas ajudam trato de artrite Índice |
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