São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 1995
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Cresce desemprego na Argentina

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

O governo argentino divulgou, ontem, que o desemprego no país chegou a 18,6% entre novembro de 94 e maio deste ano. A taxa corresponde a 2,6 milhões trabalhadores sem emprego.
O percentual é bem mais alto que as previsões oficiais. O governo previa que o desemprego não ultrapassaria 16%.
O presidente da República, Carlos Menem, pediu ``um pouco de paciência" para a população. Ele garantiu que o país vai estar bem melhor até o final do ano, com a criação de novos postos de trabalho. Menem prometeu criar 300 mil empregos por ano até 1999.
``Esse percentual reflete uma tendência de aumento do desemprego desencadeada desde 1991, com a adoção do Plano de Convertibilidade", afirma o economista Roberto Frenkel, 52.
Já o setor de serviços, estimulado até 1994, não foi capaz de gerar os empregos necessários, de acordo com o economista.
Outros fatores colaboraram no aumento do desemprego. Um deles, foi a destinação dos investimentos externos para o financiamento do déficit público. Outro fator que influiu no aumento da taxa foi a contenção do crédito -essencial para financiar setores produtivos, que geram empregos.

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