São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 1995
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Brasil põe Zinho para marcar EUA

FERNANDO RODRIGUES; MÁRIO MAGALHÃES
ENVIADOS ESPECIAIS A PUNTA DEL ESTE

Erramos: 21/07/95
Texto à página 4-1 ( Esporte) da edição de ontem informou que a seleção brasileira de futebol não sofria gols do time dos EUA havia 65 anos. O certo seria 35 anos.
Brasil põe Zinho para marcar EUA
Apesar de não tomar gols da seleção de futebol dos Estados Unidos há 65 anos, a equipe do Brasil terá hoje à noite o meia Zinho para reforçar a marcação no setor de meio-campo.
O técnico Mario Jorge Zagallo recuou ontem e decidiu tirar Leonardo do time.
A seleção brasileira enfrenta hoje a dos Estados Unidos, em partida válida pelas semifinais da 37ª Copa América. O jogo começa às 21h35. Será no estádio Campus, em Maldonado, a 147km de Montevidéu -a capital do Uruguai.
As duas equipes já se enfrentaram seis vezes. O Brasil ganhou os seis jogos. Os brasileiros já marcaram 13 gols contra os EUA.
Os únicos três gols sofridos pelo Brasil ocorreram na primeira partida contra os Estados Unidos, em um jogo amistoso, no Rio, no dia 17 de agosto de 1930 -com vitória brasileira por 4 a 3.
O meio-campo brasileiro terá Leandro, Dunga, Zinho e Juninho. Leandro entra no lugar de César Sampaio, que está suspenso por um jogo depois de ter sido expulso na partida contra a Argentina.
Leonardo jogou as duas últimas partidas. Tinha entrado no time porque Zinho se resfriou.
``O meio-campo ficaria muito mexido com o Leandro. Achei conveniente o retorno do Zinho, uma vez que ele saiu por ter ficado com gripe", disse o técnico.
``Saí lucrando por ficar fora contra a Argentina. Todo mundo viu minha importância", disse Zinho, depois do treino de ontem.
O outro jogador que saiu do time há dois jogos por estar gripado, Ronaldão, não voltará. André Cruz jogará em seu lugar.
A seleção treinou ontem pela primeira vez no balneário uruguaio Punta del Este -cidade contígua a Maldonado, onde será o jogo.
Às 16h, no seu treino de reconhecimento do gramado do estádio Campus, a seleção teve um privilégio sobre a equipe dos EUA.
Os norte-americanos foram obrigados a treinar de tênis para não estragar o gramado. Os brasileiros entraram de chuteiras.
``Foi uma exceção para confirmar a regra. Nem o Uruguai, quando inaugurou o estádio, treinou de chuteiras", disse o gerente do estádio, José Maria Mafio.
O técnico Zagallo foi procurado por jornalistas estrangeiros para comentar o segundo gol do Brasil, contra a Argentina. No lance, Túlio arrumou a bola com o braço.
``Foi com o `umbro' e não com a mão", disse Zagallo, fazendo um trocadilho com o nome do fabricante do uniforme da seleção.
Ao comentar a declaração do presidente argentino, Carlos Menem, que classificou o jogo contra a Argentina como ``roubo monumental", Zagallo brincou:
``Eles fizeram a passarela para voltar para a Argentina." Nesse caso, a menção foi ao técnico adversário, Daniel Passarella.
Para hoje, os jogadores brasileiros dizem esperar dificuldades para romper o esquema de marcação dos norte-americanos.
Mas a maioria só consegue citar dois nomes entre os adversários de hoje à noite: o zagueiro Lalas e o atacante Wynalda.
André Cruz diz considerar Lalas ``um personagem" e não ``um grande jogador". Para Cruz, os brasileiros ``não têm que se preocupar muito, pois é um defensor".
Ao mencionar um jogador que mereça atenção, Cruz citou ``aquele que tomou a cotovelada do Leonardo". Trata-se de Tab Ramos, atingido por Leonardo em jogo da Copa dos EUA. Ramos é reserva.

LEIA MAIS
sobre Copa América nas págs. 2 a 4

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