São Paulo, sábado, 22 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ministro quer "regionalizar" parte de regras

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Paulo Paiva (Trabalho) disse que o governo pode transferir para as assembléias legislativas a competência de determinar algumas regras das relações de trabalho.
A regionalização do valor do salário mínimo e mudanças na carga horária de trabalho poderiam, por exemplo, serem definidas neste novo modelo.
Paiva disse à Folha que esta não é ainda a proposta do governo, mas uma sugestão para ajudar o debate sobre a modernização das relações de trabalho do país.
A idéia é que os Estados tenham espaço para criar normas específicas para as regiões. Esse modelo diminuiria as distorções e facilitaria a conquista de direitos para o trabalhador, segundo Paiva.
``Devido às heterogeneidades do nosso país, talvez possa ser desejável um espaço para criar competência legislativa nessa área", disse.
Tais alternativas serão discutidas por empresários, trabalhadores e governo no Conselho Nacional do Trabalho, que será reformulado pelo Ministério.
Paiva quer convocar as partes já no próximo mês para debater propostas à reformulação das relações trabalhistas.
O conselho, que foi criado pelo ex-ministro Walter Barelli, tem hoje mais de 20 integrantes, incluindo entidades civis como a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Paiva quer restringir a participação dessas entidades para aprofundar as questões e definir uma proposta de contrato coletivo de trabalho.
O conselho será formado por dois representantes de cada central sindical (CUT, CGT e Força Sindical), seis indicados pelo setor empresarial e seis do governo.

Texto Anterior: Governo nega acordo com advogada
Próximo Texto: Petrobrás confirma criação de pólo no Rio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.