São Paulo, sábado, 22 de julho de 1995
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Uruguai espera volta de Fonseca para final

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O atacante Daniel Fonseca ainda é dúvida no Uruguai para a partida final da Copa América, contra o Brasil, amanhã, em Montevidéu.
O jogador se machucou na partida contra a Bolívia, nas quartas-de-final da Copa América. Ele sofreu uma contusão muscular na perna esquerda. Não pôde enfrentar a Colômbia na semifinal.
``Ele está se tratando intensamente e espero que possa jogar a partida final", afirmou ontem Héctor Nuñez, treinador da seleção uruguaia.
Fonseca joga atualmente pela equipe da Roma (Itália) e foi um dos goleadores do último Campeonato Italiano.
Foi ele que marcou, de cabeça, o gol de empate uruguaio contra o Brasil na primeira partida entre os dois países nas últimas eliminatórias da Copa do Mundo, em 1993.
Caso Fonseca tenha condições de jogo, sai do time Adinolfi, que marcou um dos gols na vitória contra a Colômbia.
O técnico Nuñez falou pouco sobre a equipe brasileira. ``Vi pouco o Brasil. Vamos estudar o adversário, mas não mudaremos nosso estilo de jogo", afirmou.
Ele elogiou o futebol coletivo de sua equipe. ``Os rapazes formaram um grupo muito unido". Para ele, essa é a principal virtude do seu time.
O principal destaque da equipe na vitória de 2 a 0 sobre a Colômbia foi o meia Francescoli, que joga pelo River Plate (Argentina).
Ele destacou a paciência e a consciência da seleção uruguaia. ``Paciência para esperar o momento certo e consciência de que, para ganhar as partidas, é preciso tranquilidade e, se possível, fazer o primeiro gol", disse.
Francescoli destacou que não será demérito perder a final para o Brasil. Mas, aos 33 anos de idade e 15 anos de carreira, ele disse que pretende ser campeão pela primeira vez jogando no seu país.
O Uruguai já venceu a Copa América 13 vezes. O Brasil, apenas 4 (todas disputadas no Brasil). O Uruguai também nunca perdeu uma Copa América em casa.
``A imprensa e a torcida não admitem um segundo lugar para um país que já conquistou tantos títulos. A seleção se aplicou com humildade e trabalho para conseguir esse título", disse o técnico.
Para Francescoli, o principal problema do Uruguai é o pouco tempo que os jogadores tiveram para treinar juntos.
``É preciso ser realista. Não tivemos mais de 15 dias de preparação. Não se pode pedir mais do que já demos", afirmou.
A falta de treinamento também foi comentada pelo veterano meia-atacante Rubén Sosa, que está na reserva. Ele disse que não conhecia a maioria dos jogadores.
``Aqui temos um futebol economicamente fraco, mas mostramos que podemos competir em primeiro nível", afirmou.

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