São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995
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Atendimento em Chicago leva em média 5 minutos

JB
ESPECIAL PARA A FOLHA

O sistema de resgate e atendimento às emergências médicas de Chicago (EUA) é considerado um dos melhores do mundo.
Chicago tem uma população de 3,5 milhões de habitantes (cerca de um terço da população da cidade de São Paulo).
Existem 59 unidades disponíveis para resgate (três delas ficam restritas à área do aeroporto).
O sistema funciona há 21 anos e tem agilidade suficiente para levar uma das unidades ao local da ocorrência em um intervalo de tempo entre quatro e seis minutos.
Anthony Scipione Jr., comandante das ambulâncias do Corpo de Bombeiros de Chicago, diz que o sistema recebe cerca de 225 mil chamadas por ano (mais de 600 por dia) e que 155 mil dessas chamadas acabam merecendo atendimento pré-hospitalar e transporte.
Scipione Jr., que também é coordenador do programa de treinamento em emergências médicas do Malcolm X College de Chicago, afirma que as unidades trabalham mais que os carros encarregados de controlar incêndios.
Com um contingente de 650 técnicos, o resgate atende 70% das chamadas do Corpo de Bombeiros. As unidades de incêndio, com 150 carros e 4.300 bombeiros, ficam com apenas 30% das chamadas.
Pamela Lattimore, professora associada do Departamento de Saúde e Enfermagem do Malcolm X College, explica que todo o atendimento é feito por paramédicos (profissionais de nível técnico que passam por curso de, no mínimo, dois anos, em emergências).
Eles estão ligados (através de sistema de comunicação) com médicos de plantão que dão orientações necessárias. É possível enviar um eletrocardiograma (que mostra como está o funcionamento cardíaco) por telemetria para que o médico possa definir, à distância, os passos iniciais do tratamento, enquanto o paciente não chega.

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