São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995 |
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Uruguai teme erro da arbitragem na decisão
MARCELO DAMATO
Jogadores e comissão técnica temem que um erro do juiz impeça o título que pode chegar após quase 50 anos de fracassos no futebol. ``Um erro pode jogar o sacrifício de muita gente por terra", disse o técnico Héctor Nuñez na concentração em Los Aromos (25 km a nordeste de Montevidéu). ``O povo uruguaio espera essa vitória. Nenhum juiz tem o direito de impedi-la", completa o zagueiro Eber Moas. O título do torneio significa mais que uma vitória esportiva. Primeiro, seria o primeiro motivo de orgulho para o país em muitos anos. O Uruguai tem uma economia fraca e não possui ídolos em nenhum setor. Depois, sinalizaria que a travessia em direção ao futebol leal já acabou. Por décadas, os uruguaios carregaram a imagem de violentos e desleais. ``Essa imagem atingiu o máximo na Copa de 86", explica o zagueiro Moas. ``Por alguns anos, para acabar com ela, até desrespeitamos o nosso estilo." Mas Moas diz que a final ``não será um jogo para senhoritas". Para esse jogo de ``homens", o Uruguai prepara uma surpresa: a volta do atacante Fonseca. Apesar de não ter conseguido treinar com bola, o jogador falava anteontem como se tivesse certeza de que iria jogar. ``Conheço Aldair e André Cruz e sei como se pode levar vantagem sobre eles." Fonseca é a única dúvida de Nuñez. Ele ainda não está recuperado da lesão que sofreu no jogo das quartas-de-final. Texto Anterior: Edmundo fala mal de torcida Próximo Texto: Francescoli faz despedida Índice |
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