São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995 |
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Torneio sul-americano fracassa outra vez
FERNANDO RODRIGUES; MÁRIO MAGALHÃES
Público pequeno, arbitragens ruins e a falta completa de heróis fizeram desta Copa América um campeonato que não motivou nem o interesse dos anfitriões. O Uruguai jogou na semifinal com a Colômbia, quarta-feira, para 23 mil pessoas. Cabem 67 mil no estádio Centenário. Na outra semifinal, entre Brasil e Estados Unidos, o fracasso foi ainda maior. Cerca de 8.000 pagantes assistiram ao jogo. Hoje, espera-se público maior. Isso não compensará o fiasco de partidas com menos de 3.000 pessoas -nos jogos envolvendo Paraguai, México e Venezuela. O horário dos jogos foi imposto pelos patrocinadores. No caso do Brasil, o início foi às 21h35. O frio desta época do ano espantou o público. Quando a seleção brasileira saiu do estádio quinta-feira, depois de derrotar os EUA por 1 a 0, a temperatura era de 4 graus Celsius negativos. Nenhuma seleção conseguiu apresentar inovações táticas e técnicas. Os artilheiros do torneio têm quatro gols cada: Garcia (México) e Batistuta (Argentina). Um dos finalistas, o Brasil, só foi à semifinal depois de o árbitro Alberto Tejada validar um gol de Túlio feito com a ajuda de braço. Os organizadores pensam em mudar a data (julho) e a periodicidade (a cada dois anos) do torneio. Mas isso nunca acontece. Para atrair atenção da Europa, tentaram este ano transformar o torneio em ibero-americano, chamando a Espanha. O convite foi recusado. (FR e MM) Texto Anterior: Francescoli faz despedida Próximo Texto: Brasil foi melhor no Mundial Índice |
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