São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Estatais mais fracas elevam investimento privado
AZIZ FILHO
Para o chefe do Setor de Apoio a Investidores da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio), Charles Rossi, 34, a queda dos investimentos das estatais levou os empresários locais a realizar um esforço de modernização. Segundo ele, o Rio sempre dependeu de estatais como Petrobrás, Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica Nacional, recentemente privatizada. Nos anos 80, caiu o nível de investimentos das estatais. O empresariado só reagiu no início dos anos 90, período marcado pelo discurso da modernização. ``Em São Paulo, a guinada foi menos sentida porque o Estado já vivia na economia do mercado." Outros fatores do crescimento, segundo ele, foram o projeto Paraíso, criado no governo Brizola (1991-94) para desburocratizar pequenas empresas, e a lei nº 2.273, de 94, que permitiu ao governador Marcello Alencar (PSDB) vencer a disputa pela Volks. Segundo Rossi, o Rio recebeu R$ 372 milhões de investimentos industriais em 93 e R$ 1,02 bilhão em 94. A previsão para 95 é de R$ 1,95 bilhão. Se o pólo petroquímico começar a ser implantado, atingirá R$ 2,6 bilhões. O secretário estadual de Planejamento e Controle, Marco Aurélio Alencar, 39, atribui a expectativa para os próximos anos ao ``lobby" que o governo de Marcello Alencar, seu pai, tem feito para conquistar investidores. ``Temos um lobby no bom sentido com os setores políticos e as estatais sediadas no Estado." Segundo ele, a polêmica em torno da Volks só ocorreu por ter marcado uma reação do Rio à estratégia historicamente mais agressiva de São Paulo e Minas Gerais. Texto Anterior: Alencar quer cobrança de imposto sobre petróleo Próximo Texto: Incra defende a aquisição de terras por meio de licitações públicas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |