São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 1995 |
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Exército reforma forte no Pantanal usado na guerra
MYRIAM VIOLETA
O forte Coimbra foi construído em 1775 e tombado em 1973 pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Sua área é de 40 mil metros quadrados (o equivalente a cerca de 5,5 campos de futebol). A construção foi feita em pedra. A finalidade da reforma é a preservação da fortaleza. O Exército está pintando o forte, substituindo pedras deterioradas e recolocando as que saíram do lugar. Na semana passada, técnicos do Iphan vistoriaram o local para averiguar se as obras não provocaram deformações na fortaleza. Eles vão elaborar um relatório a respeito. Atualmente, o forte não é utilizado como unidade militar. Abriga um minimuseu sobre a Guerra do Paraguai e mantém alojamentos com capacidade para 20 pessoas. Turistas podem se hospedar nos alojamentos, mediante autorização da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, em Corumbá (MS), responsável pela fortaleza, ou do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS). Durante a maior parte do ano (de fevereiro a outubro), o forte fica ilhado pelas cheias. Nesta época, o acesso ao forte só é possível pelo rio Paraguai. Com uma das embarcações mais velozes da região, a ``voadeira", é preciso descer o rio por cerca de quatro horas a partir de Corumbá (a 426 km de Campo Grande), a cidade mais próxima. Construído por ordem do governador da província do Mato Grosso, Luiz de Albuquerque Cáceres, o forte Coimbra fica em um morro. Por sua localização estratégica, já foi palco de muitas disputas. Em 1801, os espanhóis teriam enviado seis esquadras para tomar a fortaleza, mas fracassaram. Um grupo de 60 homens, comandado pelo tenente-coronel Ricardo Franco de Almeida Serra (patrono dos engenheiros militares), derrotou os espanhóis. A razão do êxito militar de Serra teria sido a visão privilegiada que tinha do rio, oferecida pela localização do forte. Durante a guerra com o Paraguai, Coimbra esteve sob domínio do Exército paraguaio por três anos e ficou em ruínas. Só em 1874, cerca de seis anos após a expulsão dos paraguaios, é que o forte foi reconstruído. FORTE COIMBRA - Autorizações para visitação turística na 18.ª Brigada de Infantaria de Fronteira, em Corumbá-MS (fone 067/231-2701), ou no Comando Militar do Oeste, em Campo Grande-MS (fone 067/761-4215). Texto Anterior: Homem morre em casa de estudantes do Rio Próximo Texto: Coleta do lixo será feita por triciclos em Manaus Índice |
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