São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 1995
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Dave Grohl, ex-Nirvana, lança seu 1º disco com o grupo novo

RONALDO SOARES
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando o guitarrista e vocalista Kurt Cobain deu um tiro na cabeça, no ano passado, ele não só decretou o fim prematuro de seu grupo, o Nirvana, como transformou seus milhares de fãs em órfãos.
Pouco mais de um ano depois do suicídio de Cobain, esse mesmo público, que fez do trio de Seattle um fenômeno em vendagem de discos, vai poder conhecer um candidato a ``pai adotivo". Trata-se do grupo Foo Fighters, liderado por David Grohl, ex-baterista do Nirvana.
Com um disco homônimo recém-lançado (disponível no Brasil via importação), o Foo Fighters é a comprovação de que a criatividade do Nirvana não se resumia a Cobain.
No Foo Fighters, Grohl mudou de função -assumiu vocais e guitarra base-, mas continou fazendo o mesmo feijão-com-arroz que consagrou sua antiga banda: misturar a sutileza do pop com a histeria do punk.
Apesar do inevitável clima de ``déjà-vu", o álbum tem resultado satisfatório. O Foo Fighters navega da baladinha despretensiosa (``Big Me"), à barulheira pura e simples (``I'll Stick Around"), vai de climas sombrios (``X-Static") ao punk-rock ingênuo (``This is a Call").
Acompanhado por William Goldsmith (bateria), Nate Mendel (baixo) e Pat Smear (guitarra), Grohl faz o que seu ex-parceiro Cobain transformou em marca registrada do Nirvana: contrapor um vocal melódico à distorção das guitarras.
No fim das contas, fica-se com a sensação de que o Foo Fighters pode até não substituir o Nirvana, mas já é um consolo.

Álbum: ``Foo Fighters" (Foo Fighters)
Preço: R$ 22,00 (o CD, em média)
Onde encontrar: Studio Tan, tel. (011) 887-6807

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