São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 1995
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Banco desiste de demissões

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco do Brasil desistiu de demitir funcionários depois de receber 13.014 pedidos de demissão voluntária.
O enxugamento corresponde a 12% dos 107 mil funcionários. A meta inicial era cortar 15 mil pessoas, completando os pedidos de desligamento espontâneo com demissões compulsórias.
Em nota oficial, a diretoria do banco considerou satisfatório o número de demissões voluntárias.
O banco reduziu ainda a meta de fechamento de agências, de 104 para 94.
O diretor de Recursos Humanos, Hugo Dantas, disse que o banco não conseguiu fechar três agências em Feira de Santana (BA), devido a contestações judiciais.
Já foram fechadas 91 agências em todo o país. O banco tem 4.900 pontos de atendimento, entre agências e postos de serviço.
s demissionários receberão incentivos, como o pagamento de um prêmio proporcional ao tempo de trabalho e continuidade dos serviços de saúde e previdência. As demissões ocorrerão no dia 31.

Nota oficial
Na nota, o banco afirma que detectou neste final de semana a necessidade de manter pelo menos 1.500 vagas visando não prejudicar a qualidade de atendimento. Além disso, 267 funcionários se aposentaram em julho.
A nota ainda deixou aberta a possibilidade de demissões compulsórias, mas somente no caso de desistências dos voluntários.
O banco poderá ainda recusar os pedidos de demissão de 41 dos voluntários.
São os empregados do banco com curso de mestrado ou doutorado financiados pelo BB e que não atendem às exigências da instituição para o desligamento.
Ontem, o banco iniciou a transferência de funcionários das agências fechadas ou de Estados onde considera excessivo o número de bancários. As transferências estão sendo feitas a pedido. A partir de 7 de agosto, serão compulsórias. O banco quer remanejar 7.500 funcionários.

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