São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 1995
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Saiba como é feito o ranking das 300

Datafolha passa a fazer a coleta e a análise dos dados das empresas com ações negociadas em Bolsa
Essa é a quarta edição do Folha 300. Nela está o ranking das maiores empresas não-financeiras e de capital aberto do país.
A partir desta quarta edição, o Folha 300 passou a contar com os serviços do Instituto de Pesquisas Datafolha para a coleta e análise dos dados das empresas, substituindo a Austin Asis Consultoria, responsável pelos levantamentos anteriores.
As empresas que constam do ranking têm ações negociadas nas Bolsas de Valores (são companhias de capital aberto) e são obrigadas por lei a publicar seus balanços.
Os balanços servem de guia para que se possa medir a eficiência da gestão operacional e financeira.
Assim, os números revelam o estado de saúde dessas empresas -a melhor medida para que o investidor, local ou estrangeiro, possa ter uma idéia dos preços (se estão caros ou baratos) de cada ação.
O ranking das 300, publicado nessa edição especial, obedece ao critério de ativo total (veja Glossário) em 1994 -ano de implantação do Plano Real, que brindou as empresas, especialmente no último trimestre, com um ``boom" de vendas.
A melhoria no nível de atividade, conforme indica os números apurados, contaminou os balanços.
Nos anos anteriores, as companhias buscaram, de forma geral, maior produtividade e redução de custos. Nos últimos anos, o binômio cliente/mercado passou a ser o enfoque principal, com a consolidação do conceito de qualidade total.
Em 1994, as empresas, mais enxutas e competitivas, viram crescer a sua clientela potencial -e a sua rentabilidade.
A rentabilidade média atingida no ano passado, de 4,6%, é maior de todas as já apuradas pelo ranking Folha 300.
Para montar o ranking de 1994, o Datafolha analisou as demonstrações financeiras de 374 empresas de capital aberto, através dos balanços publicados ou disponibilizados para o instituto até o dia 14 de junho.
O ranking traz a colocação da empresa em 1994 e em 1993 pelo valor do ativo. Além disso, explicita a receita líquida, o lucro líquido e o patrimônio líquido (veja Glossário) obtidos pelas empresas no ano passado, comparados aos índices obtidos em 1993.
A partir desses valores, a listagem das 300 mostra a rentabilidade alcançada nos dois períodos.
Nesse caso, a rentabilidade foi calculada pela divisão do lucro líquido de cada empresa por seu patrimônio líquido.
O levantamento do Datafolha inclui ainda um ranking setorial, por ramo de atividade, com base no desempenho das melhores empresas.
Nos rankings setoriais de desempenho, a rentabilidade não foi calculada com base na divisão do lucro líquido de cada empresa por seu patrimônio líquido.
Tendo em vista a necessidade de padronização dos balanços apresentados, exclui-se do cálculo da rentabilidade setorial a reserva de avaliação.
Isto é, o excedente do valor contábil dos ativos imobilizados em face a seu valor de mercado.
A direção do Datafolha é exercida pelos sociólogos Antonio Manuel Teixeira Mendes (executivo) e Gustavo Venturi (operacional). A direção comercial é de Eneida Nogueira e Silva.
Os dados do Folha 300 foram gerados sob a coordenação e análise da administradora de empresas Adriana Costa Moller e da estatística Renata Nunes César, respectivamente, gerentes administrativa e de informática do Datafolha.

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