São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 1995 |
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Entidade japonesa anuncia que autopeças é sua nova prioridade
ANTONIO CARLOS SEIDL
A modernização da indústria brasileira de autopeças é a nova prioridade da Jetro-SP, anunciou o novo presidente da entidade japonesa, Saburo Yusawa. A intenção, disse, é adequar os produtos brasileiros ao ``exigente" mercado japonês. Para ele, a ``lacuna tecnológica" entre as autopeças japonesas e brasileiras ``ainda é muito grande". A Jetro investirá US$ 700 mil, por ano, até 1998, para incrementar a exportação de autopeças brasileiras para o Japão. A Jetro-SP quer ajudar a indústria brasileira de autopeças a disputar uma fatia do mercado de autopeças japonês. O mercado japonês de carros, dez vezes maior que o brasileiro, representa 15 milhões de unidades por ano. A Jetro-SP atua promovendo o intercâmbio entre os dois países para ampliar as exportações brasileiras para o Japão. Yusawa disse que a Jetro quer ajudar a indústria brasileira a adequar seus produtos não só ao mercado japonês, mas também ao ``grande mercado asiático". ``Quaisquer produtos que sejam adequados ao Japão, onde os consumidores têm um gosto específico, têm condições de entrar de forma positiva no mercado asiático", afirmou. Em São Paulo, organizado pela Jetro-SP, funciona o Cepa, um comitê de especialistas japoneses e brasileiros, dos setores privado e governamental, para selecionar produtos e criar estratégias de exportação. O objetivo da Jetro é selecionar no exterior produtos para serem importados pelo Japão. No Brasil, lançou há quatro anos o ``Plan Project", uma iniciativa para o desenvolvimento de indústrias exportadoras. Nos primeiros anos do projeto, os setores escolhidos foram a indústria de alimentos e de mármores e granitos. Como resultado dos esforços para o aumento das exportações de alimentos brasileiros para o Japão, a indústria brasileira de suco de laranja responde hoje por 75% do mercado japonês. (ACS) Texto Anterior: Volkswagen antecipa férias vencidas de 3.000 Próximo Texto: ICMS pode deixar bebida 18% mais cara Índice |
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