São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 1995
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Gil de Ferran defende mais rigor em punições

MAURO TAGLIAFERRI
ENVIADO ESPECIAL A CLEVELAND

O piloto brasileiro Gil de Ferran defendeu um maior rigor por parte dos dirigentes da Indy para conter os ânimos e a falta de profissionalismo de seus corredores durante provas da categoria.
No domingo, Ferran liderava o GP de Cleveland (EUA) quando, a quatro voltas do final, o norte-americano Scott Pruett, retardatário na corrida, não permitiu a passagem do brasileiro. Os dois bateram e abandonaram a prova.
``Quando saí do carro, queria matar o cara, enfiar a mão nele", contou Ferran ontem, ainda inconformado com a corrida. Os dois pilotos chegaram a discutir, mas não houve agressões.
``Não poderia discordar mais fortemente de quem diz que minha manobra foi arriscada. Ele sabia que eu estava lá", disse.
``O assunto principal nem é esse. O fato é que eu era o líder e ele, um retardatário. Não estávamos disputando posição. Para mim, ele agiu de má fé", falou.
A prova foi marcada por disputas acirradas e até desleais.
Na pior delas, Robby Gordon jogou seu carro contra o de Michael Andretti após a bandeira de chegada. Foi multado em US$ 10 mil por isso.
``Para um piloto, dói mais ficar fora de uma prova do que afetá-lo no aspecto financeiro. A Cart (associação dos donos de equipes da Indy) tem é que tirar as chances do cara na corrida e no campeonato", afirmou Ferran.
``A Fifa tirou o Maradona do futebol, o Comitê Olímpico tirou a medalha do Ben Johnson. Nossas autoridades têm que ter as mesmas atitudes", completou.

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