São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 1995
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Cerdeira admite já ter prejudicado Grêmio

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O juiz Cláudio Cerdeira, indicado para apitar o jogo de hoje, reconheceu ter errado contra o time gaúcho na primeira fase da Taça Libertadores da América.
Cerdeira não marcou um pênalti de Antônio Carlos em Carlos Miguel na partida em que o Palmeiras venceu o Grêmio por 3 a 2, em São Paulo, em fevereiro passado.
Depois do jogo, revendo o lance na televisão, Cerdeira admitiu ter errado e se desculpou em entrevistas a rádios de Porto Alegre.
O Grêmio, que protestou contra o erro e não esperava a indicação de Cerdeira para a partida desta noite, a recebeu com desagrado.
Mas o técnico Luiz Felipe e os jogadores evitaram criticar o juiz.
``Ele teve um problema em um jogo nosso. Mas acho que não vem com intenção de prejudicar ou de ajudar. Queremos ajudá-lo a ter uma boa participação", disse ontem o técnico gremista.
O ponta-direita Paulo Nunes, ex-Flamengo, que conhece Cerdeira do futebol carioca, disse que o juiz errou no Parque Antarctica, apesar de ser um ``grande árbitro, honesto e digno".
A outra partida entre Grêmio e Palmeiras pela fase anterior da Libertadores também serviu para reclamações da diretoria gremista.
No jogo (1 a 1) realizado em Porto Alegre, o Grêmio reclamou de uma falta de Rivaldo em Luciano, no lance em que o atacante marcou o gol palmeirense. O juiz foi Antônio Pereira da Silva.
O presidente do Grêmio, Fábio Koff, também protestou contra a não-marcação de um suposto pênalti a favor de sua equipe. Koff acusou o juiz de favorecer o ``esquema Parmalat" (empresa patrocinadora do time paulista).
Diretores do Palmeiras desafiaram Koff a denunciar na Justiça o ``esquema", o que não aconteceu.

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