São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995 |
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Cardeal combateu repressão
CARLOS MAGNO DE NARDI
Durante os cerca de 25 anos à frente da arquidiocese, d. Paulo marcou sua atuação pela defesa dos direitos humanos e se transformou em um dos porta-vozes da sociedade civil durante o regime militar. Nascido em 14 de setembro de 1921 em Criciúma (SC), estudou na Universidade de Sorbonne (França) e ensinou teologia no Instituto de Franciscanos em Petrópolis (RJ). Foi nomeado bispo-auxiliar de São Paulo em 1966, época na qual começou a visitar presos políticos. Em 1969, foi proibido pelo governo de continuar as visitas que retomou nas funções de cardeal-arcebispo. Criou na Arquidiocese de São Paulo a Comissão de Justiça e Paz, voltada à defesa dos perseguidos pela repressão. Foi indicado para o Nobel da Paz em 1989. Por sua atuação, foi criticado por alguns setores que condenam sua ``postura política". No relacionamento com a cúpula da igreja, teve parte de seu poder esvaziado com a divisão da Arquidiocese de São Paulo, em 1989. Com a renúncia, ele pretende se dedicar mais aos estudos e trabalhar em um hospital para doentes de Aids. Texto Anterior: D. Paulo quer um sucessor 'progressista' Próximo Texto: Sem-terra se encontram hoje com FHC Índice |
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