São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995
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Secretário reclama da Justiça por gastos altos

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário municipal de Vias Públicas, Reynaldo de Barros, disse que ``custo de desapropriação não é custo de obra".
Por isso, não seria correto comparar os R$ 39 milhões gastos em cada quilômetro da Faria Lima -incluindo as desapropriações- com o que a prefeitura investiu em saúde.
``Quem define o valor da desapropriação é o Judiciário", afirmou Barros. ``Se nós não pagássemos o que foi determinado, estaríamos prejudicando os moradores."
Para os integrantes da Associação Vila Olímpia Viva, que reúne moradores contra as obras de extensão da Faria Lima, é preciso revogar a lei aprovada pela Câmara Municipal que autoriza o Executivo a estender a avenida até a Luís Carlos Berrini.
A economista Sandra Regina Santo Ambrósio, da associação, disse que esta seria a única garantia de que não haverá mais desapropriações na Vila Olímpia.
``A gente ainda não conseguiu entender esse recuo do prefeito. Tratando-se de quem se trata, não é um gesto com boa intenção", afirmou Ambrósio.
``Evidentemente que, para nós, esse recuo é bom", completou.
A dona-de-casa Maria do Carmo França disse que a decisão do prefeito é uma notícia maravilhosa. Ela perderia quatro metros no terreno de sua casa por causa da extensão da Faria Lima.

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