São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995 |
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SP firma convênio com entidade italiana para ajudar crianças carentes
ALESSANDRA BLANCO
As crianças fazem parte de famílias carentes da cidade de Cananéia (245 km a sudoeste de São Paulo). Cada criança deverá receber, a partir de outubro, R$ 45 por mês. O dinheiro deverá ser doado por famílias italianas que serão contatadas pela AiBi através de uma campanha na Itália. Caberá à Secretaria da Criança o acompanhamento técnico e psicológico das famílias, verificando a correta aplicação do dinheiro no desenvolvimento da criança. O convênio com a AiBi está beneficiando, por enquanto, crianças carentes que vivem com as famílias de origem, mas precisam de recursos. O acordo, no entanto, deve dar início ao projeto ``Direito à Convivência Familiar e Comunitária", que prevê a desinternação de 4.000 crianças da Febem através do subsídio por entidades e empresas, adoção ou colocação em família substituta. A secretária Marta Godinho informou ontem que também está em negociação com uma entidade de senhoras canadenses para subsidiarem outras 50 crianças e com a General Motors do Brasil, que deverá auxiliar mais 200 crianças. ``Há ainda um projeto de reverter parte do lucro dos ingressos do Parque da Mônica (shopping Eldorado) para crianças carentes", disse Godinho. Cerca de 50 crianças de 0 a 7 anos da unidade Sampaio Viana da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor), no Pacaembu (zona oeste), devem ser as próximas beneficiadas. AiBi A AiBi já vem subsidiando, desde 1983, 311 crianças brasileiras juntamente com a Associação Brasileira de Amparo à Criança (Abraci), uma entidade não governamental. Esta é a primeira vez que mantém contato com um órgão do governo. Na Itália, a associação é a única a trabalhar com infância e juventude. Hoje, é a responsável pelo auxílio a 2.000 crianças, 1.300 delas na Bósnia e o restante no Chile, Equador, Peru, Colômbia, Honduras, Paquistão e Iraque. A entidade consegue o subsídio de famílias italianas, que assinam um contrato em que, além de enviar dinheiro, se comprometem a manter uma correspondência com a criança beneficiada. ``Isso é fundamental porque a criança passa a saber que há alguém que, mesmo distante, se importa com ela, manda carta e presentes no Natal. Algumas chegam a viajar até o país para conhecer a criança", disse Griffini. Texto Anterior: Barco afunda em MG e deixa 3 desaparecidos Próximo Texto: Maluf reduz extensão da Faria Lima Índice |
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