São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995
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Moradores comemoram a redução da nova avenida

CLAUDIO AUGUSTO
DA REPORTAGEM LOCAL

``Se for isso, é maravilhoso." Foi assim que a dona-de-casa Maria do Carmo França, 48, reagiu ao ser informada pela Folha que não teria mais parte do terreno de sua casa desapropriada por causa da extensão da Faria Lima.
Ela mora na rua Elvira Ferraz. Por causa da obra, Maria do Carmo perderia quatro metros no seu terreno. ``Estragaria a garagem. Teríamos que construir o muro novamente e mexer na luz e na água", disse.
A economista Sandra Regina Santo Ambrósio, da Associação Vila Olímpia Viva, disse que a desistência do prefeito de estender a Faria Lima até a Luís Carlos Berrini ``evidentemente é boa para o bairro".
Para ela, entretanto, é preciso revogar a lei aprovada pela Câmara Municipal no início de 95 que autoriza o Executivo a fazer a obra. Ambrósio afirmou que só assim haverá garantias de que não haverá desapropriações na Vila Olímpia.
``A gente não conseguiu ainda entender esse recuo do prefeito", disse Ambrósio. ``Tratando-se de quem se trata, não é um gesto de boa intenção."
Ela disse que o prefeito não está seguro de que recuperará o dinheiro investido na Faria Lima.

Maluf
Ontem cedo, o prefeito Paulo Maluf disse que a cidade deve recuperar tudo que investiu na obra.
``Só que isso não será no curto prazo. Vamos conseguir o dobro do que gastamos, só que em 20 anos."(Claudio Augusto)

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