São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995 |
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`Ms' voltam e prometem `reabilitar' os esportes
RODRIGO BUENO
Monica, Mike, Maradona e Magic têm muitas coisas em comum, a começar pelo M nos nomes. Foram vítimas de afastamentos polêmicos e retornam ao esporte depois de um longo período. Não tiveram substitutos à altura em suas respectivas modalidades: tênis, boxe, futebol e basquete. Monica, tenista que dominou por mais de dois anos o circuito mundial, voltará às quadras neste sábado, para enfrentar Martina Navratilova, em jogo amistoso. A WTA, Associação Mundial de Tênis, surpreendeu ao anunciá-la como a número um do mundo, ao lado da alemã Steffi Graf. Monica agradece o ``presente". Será cabeça-de-chave no Aberto dos EUA, enfrentando tenistas mais fracas nas primeiras rodadas. Sem Monica, o tênis feminino viveu momentos de monotonia. Graf só teve uma adversária à altura, a espanhola Arantxa Sánchez. Mike Tyson, ex-campeão dos pesados e um dos maiores lutadores da história do boxe, retorna aos ringues no dia 19 de agosto, após três anos na prisão. O adversário será Peter McNeeley, sétimo colocado no ranking da Associação Mundial de Boxe (uma das confederações que organiza o esporte no planeta). Mike, assim como Monica, foi alçado à primeira posição do ranking mundial sem fazer nem uma luta sequer. Nos treinos, já ``mandou" quatro sparrings para o hospital. Os especialistas prevêem que Mike (41 vitórias, 36 nocautes, em 42 lutas na carreira) reconquistará o título dos pesados no começo de 96, após três ou quatro lutas. Nos anos em que esteve na cadeia, o boxe perdeu parte de sua credibilidade. Campeões de qualidade e carisma discutíveis se revezaram no topo das confederações internacionais. Um mês depois de Mike, será a vez de Maradona, o melhor futebolista da última década. Em setembro, termina a punição que a Fifa impôs ao argentino por uso de doping. O jogador já está treinando com o Boca Juniors, sua nova equipe. No entanto, dificilmente voltará a jogar pela seleção de seu país. É crítico e inimigo pessoal do atual técnico, Daniel Passarella. A Argentina, por sua vez, luta para encontrar um substituto. O meia mostrou, na Copa de 94, ser indispensável para a seleção. Já a volta de Magic Johnson vai demorar um pouco mais. Ídolo consagrado do basquete norte-americano, em que conquistou cinco títulos da NBA, ele quer retornar às quadras em julho de 1996, na Olimpíada de Atlanta. Portador do vírus da Aids, sonha em ser bicampeão olímpico. A seleção dos EUA será anunciada neste domingo. Desde a parada de Magic, seu time, os Lakers, nunca mais foram campeões. Texto Anterior: Edmundo estréia no Flamengo em amistoso Próximo Texto: Saídas foram polêmicas Índice |
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