São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995 |
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Polícia estuda hipóteses `islâmica' e `sérvia'
VINICIUS TORRES FREIRE
``É fundamental também manter toda a discrição possível, para que a apuração dos fatos não seja prejudicada", disse Juppé. Segundo o ministro do Interior, Jean Louis Debré, a ``hipótese islâmica é possível e a hipótese sérvia não é impossível". Debré se referia, em primeiro lugar, à possibilidade de o atentado ter sido cometido por membros do Grupo Islâmico Armado, formado por fundamentalistas que lutam pela derrubada do governo argelino, apoiado pela França. A ``hipótese sérvia", também citada, atribui o atentado aos sérvios da Bósnia, que combatem o governo muçulmano do país. Seria uma represália contra o governo francês, que apóia os bósnios. O jornal argelino ``La Tribune" relacionou ontem a situação de seu país ao atentado de Paris. Na ``carta de compromissos" do Grupo Islâmico Armado está o ``combate heróico pelo Islã em solo francês". Segundo o jornal de Argel, a explosão do metrô teria sido cometida pelos mesmos terroristas que assassinaram o líder religioso Abdelbaki Sahraui, no dia 11 de julho, em Paris. Sahraui pertencia a outro grupo islâmico, o FIS, também ilegal, que negociava um acordo com o governo da Argélia. Os terroristas teriam desembarcado na França com um ``pacote de missões". Nos últimos três meses, a França tem promovido blitze em seu território com o objetivo de acabar com a rede de tráfico de armas para a guerrilha argelina. Até a noite de ontem, a polícia francesa não tinha recebido a perícia do atentado. Segundo as primeiras investigações, a bomba seria um "artefato rústico". Na TV francesa, comentava-se que o artefato teria sido construído com garrafas de gás. (VTF) Texto Anterior: Equador e Peru têm acordo Próximo Texto: Operação contra a pornografia infantil na Internet faz 40 presos Índice |
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