São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mosteiro aloja turistas no santuário ecológico

DIANA KOHLMANN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em estilo neogótico, o Mosteiro do Caraça foi construído, entre 1774 e 1779, pelo monge Lourenço de Nossa Senhora, que veio de Portugal atraído pelo ouro.
Em 1820, o santuário abriu suas portas para alunos, assim criando o colégio e seminário do Caraça.
Quem cuidava do mosteiro eram os escravos. Mas, depois da Abolição da Escravatura (1888), quando a maior parte dos escravos que pertenciam à família Sampaio foi libertada, o prédio virou a Casa das Sampaias.
Hoje a construção aloja turistas e o mosteiro é mantido por empregados. Mas quatro Sampaias continuam vivendo no mosteiro, ao lado da secretaria, onde os irresistíveis doces de uma Sampaia, Petrina Cláver, continuam à venda.
A mais antiga das quatro é Rita de Jesus Lopes, conhecida como ``tia" Rita, de 92 anos, que há 70 vive exclusivamente para o santuário. Única sobrevivente de seus doze irmãos, desde pequena frequenta as missas no Caraça.
Depois de mudar para a Casa das Sampaias, Rita passou a cuidar da roupa dos padres e alunos.
Atualmente o mosteiro pertence à Congregação da Missão dos Padres Lazaristas. Está aberto diariamente das 7h às 17h para visitantes e, até as 21h, para hóspedes do Santuário do Caraça.
(DK)

Texto Anterior: Cerrado e floresta se misturam
Próximo Texto: Arquitetura de São Paulo revela imigração
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.