São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 1995
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Investigação vai continuar

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

O delegado Osmar Ribeiro Santos disse ontem que a confissão do estudante A.F.T. não encerra as investigações sobre a morte do pai do garoto, o advogado José Francisco da Silva.
``A versão de uma única pessoa não tem, por si só, o poder de acabar com uma investigação", disse. Santos afirmou que ainda deverá ouvir o depoimento de Bernardina de Jesus Rocha, 84, sogra do advogado morto.
Bernardina, A.F.T. e a mulher de Silva, Lúcia Rocha da Silva, eram as únicas pessoas que estariam no apartamento da família no último sábado, quando o advogado foi morto.
A polícia também deverá tomar o depoimento do investigador de polícia Carlos Alberto Domingues, cunhado de Silva. Domingues teria sido chamado por A.F.T. à casa de Silva, após o crime.
O policial teria sido informado pelo rapaz que havia ocorrido um suicídio. O delegado disse que pretende ouvir Domingues para esclarecer alguns ``detalhes".
É que a perícia do local do crime foi feita pelo IC (Instituto de Criminalística), responsável por casos de suicídio. Quando os peritos do DHPP chegaram ao apartamento, o corpo não estava mais lá -havia sido removido pelo IML (Instituto Médico Legal).
O delegado disse que irá confrontar os laudos do IC e do IML com a versão do adolescente. ``Também estamos tentado descobrir se o advogado estava realmente doente."
(MG)

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