São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995
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Portos privados vão servir a terceiros

CARI RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os portos e terminais privativos poderão explorar os serviços de terceiros e de comércio exterior a partir da próxima semana.
Uma instrução normativa da Secretaria da Receita Federal que trata do assunto deverá ser publicada no ``Diário Oficial da União" na próxima semana.
A medida é mais um passo no caminho da privatização dos portos. São 60 terminais e portos privativos no país, com capacidade de abrigar 500 mil toneladas/ano.
A medida foi anunciada ontem pelo coordenador do Sistema Aduaneiro da Receita Federal, Adonis Ramos, como um ``sinal de vontade política do governo".
O presidente da Frente de Modernização Portuária, Willien Mandelli, disse que a regulamentação da entrada dos portos e terminais da iniciativa privada nos serviços de terceiros ``já poderia ter vindo há muito tempo".
``Apelamos a vários ministros da Fazenda para que regularizassem a situação dos portos e terminais privativos. O governo poderia ter sido mais ágil", disse ele.
A instrução normativa vem regulamentar a lei 8.630, que trata da modernização e exploração dos portos, de 1993.
A entrada dos portos privados na exploração de serviços de terceiros vai baixar os custos dos importadores e exportadores e descongestionar os portos tradicionais -como o de Santos.
Os portos ou terminais privativos são utilizados por empresas privadas para suas cargas.
A partir da publicação da instrução normativa esses portos vão solicitar autorização de alfandegamento à Receita Federal e os fiscais ficarão instalados permanentemente no local. Estes terminais poderão trabalhar com cargas de outras empresas.
O alfandegamento é a colocação permanente de fiscalização aduaneira no terminal ou porto.
Outra instrução normativa deverá ser publicada, diz Ramos, para fixar a contribuição que os portos irão pagar à União para explorar os serviços. O valor deverá ficar em torno de 6% do preço da carga.

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