São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995 |
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Banco Central diminui as taxas de juros
RODNEY VERGILI
A atuação do BC ocorreu no mercado de overnight (negócios por um dia) e a queda dos juros surpreendeu o mercado, pois contrariou declarações do presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, na última quarta-feira, de que não haveria queda nos juros no curto prazo. A intervenção do BC provocou queda imediata nas estimativas de evolução dos juros no mercado futuro. A projeção de juros para agosto no mercado futuro da Bolsa de Mercadorias & Futuros passou de 3,97% no dia anterior para 3,88% ontem. A queda nos juros promovida pelo BC reforça a expectativa do mercado de que não haverá alta nas taxas inflacionárias nos próximos meses. Os bancos acompanharam a sinalização de queda de juros na captação no mercado. Ontem, os juros dos Certificados de Depósito Bancário também recuaram de uma taxa equivalente de 50,97% ao ano para 31 dias no dia anterior para 49,90% ao ano ontem. Armando de Toledo, diretor da corretora Magliano, diz no entanto que o patamar de juros ainda continua alto, apesar da ligeira baixa promovida pelo BC para agosto. Os juros altos deixam o mercado acionário pouco atraente para os aplicadores em ações e o volume de negócios nas Bolsas continua baixo. Toledo acredita que só haverá novo fôlego para as Bolsas quando houver queda mais significativa nos juros. No mercado cambial, o Banco Central não atuou ontem. Os dados do Banco Central indicam que no dia 27 passado houve o menor saldo diário do mês com as entradas de dólares superando as saídas em apenas US$ 6 milhões. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,138%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 5,62% para dias úteis, projetando rendimento de 4,02% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,63% ao mês, com rendimento de 4,03% no mês. As cadernetas que vencem no dia 1º de agosto rendem 3,5054%. CDBs prefixados de 31 dias negociados ontem: entre 29% e 50,10% ao ano. CDBs pós-fixados para 123 dias entre 15,5% e 16,5% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,61% ao mês, projetando rentabilidade de 4,64% no mês. Para 31 dias (capital de giro): entre 51% e 107% ao ano. No exterior Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,81% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: baixa de 0,62%, fechando com 38.883 pontos e volume financeiro de R$ 158 milhões. Rio: queda de 0,9%, encerrando a 17.913 pontos e movimentando R$ 25,90 milhões. Bolsas no exterior O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com 4.715,51 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou com 2.598,30 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 16.649,45 pontos ontem. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,935 (compra) e R$ 0,936 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,935 (compra) e por R$ 0,937 (venda). ``Black": R$ 0,917 (compra) e R$ 0,927 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,925 (compra) e R$ 0,930 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,910 (compra) e R$ 0,935 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: baixa de 0,44%, fechando a R$ 11,38 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 27 de julho foi positivo em US$ 1,769 bilhão. As entradas financeiras foram maiores que as saídas de dólares em US$ 2,009 bilhões. O saldo total está positivo em US$ 3,779 bilhões. No exterior Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,6020 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,3793 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 87,43 ienes. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para julho fechou a 4,01% no mês e para agosto a 3,88% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para agosto ficou a 39.000 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para julho fechou a R$ 0,937 e a R$ 0,954 para agosto. Texto Anterior: Aluguel tem queda de 4% no mês de julho Índice |
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