São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995
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Desindexação divide as correntes internas

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

O contrato coletivo de trabalho e as formas de lutar contra a medida provisória da desindexação e reformas constitucionais propostas pelo governo também trarão polêmica às plenárias da CUT.
A Corrente Sindical Classista (PC do B) nem sequer concorda com a decisão, aprovada no último congresso da central, de apoiar o fim da unicidade sindical -dispositivo constitucional que impede a criação de mais de um sindicato por setor de atividade em uma determinada região.
Já o PSTU concorda com o fim da unicidade. Mas considera que a proposta de criação de uma Câmara de Relações de Trabalho, composta por trabalhadores, empresários e governo, para discutir as reformas, hoje é inadequada.
``O governo se recusa a negociar com petroleiros, quer acabar com o direito de greve para diversas categorias dos chamados `setores essenciais' e tirar da Constituição inúmeros direitos sociais. Precisamos nos colocar contra as reformas e não participar delas com propostas alternativas, que nunca são aprovadas", diz José Maria de Almeida, presidente do PSTU e da executiva da CUT Nacional.
Ele propõe a preparação, desde já, de uma greve geral para o segundo semestre contra a medida provisória da desindexação e as reformas propostas pelo governo.
Oswaldo Martinez, da direção executiva da CUT Estadual SP e membro da corrente trotskista ``O Trabalho", vai mais longe.
Ele propõe fórum do movimento sindical para preparar uma Assembléia Nacional Constituinte, visto que o atual Congresso Nacional está aprovando todas as propostas de reforma constitucionais feitas pelo governo federal.
A Articulação Sindical vai no sentido oposto. Defende a apresentação de emendas no Congresso Nacional para a realização de ``reformas populares".
(CPL)

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