São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995
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DRA não é uma boa opção de investimento

DA ``AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

A captação via Depósito de Reaplicação Automática (DRA) dos bancos continua muito tímida. Enquanto o Banco Central não autorizar a remuneração abaixo da TBF, não há interesse das instituições em estimular a carteira.
Por isso, o mercado impôs limites mínimos elevados -de R$ 10 mil a R$ 100 mil- e afugentou os investidores. Na maior parte das instituições, o volume captado no DRA oscila entre 0,23% a 0,3% do aplicado em CDB. Em relação à caderneta de poupança, representa entre 0,5% e 1,4% do total.
As instituições esperam que a pressão para mudanças no DRA surta efeito nas próximas semanas. Pelos seus cálculos, o deságio deve ficar em torno de 0,10 a 0,20 ponto percentual para volumes pequenos. É um valor próximo ao praticado no mercado de CDB, cuja taxa para pequenas aplicações é 0,25 ponto menor que a oferecida aos investidores de porte.
O DRA também está sendo rejeitado pelos clientes. O prazo de 90 dias ainda assusta e os grandes aplicadores fizeram as contas e concluíram, acertadamente, que esta não é uma boa aplicação.
Embora a taxa nominal seja atrativa e aparentemente esteja acima do CDB médio, ela é menor. Isso porque a TBF é apurada data a data e tem um dia útil a mais que o CDB. A taxa de 3,6664%, relativa ao dia 21, por exemplo, tem 22 dias úteis, contra 21 do CDB, cuja taxa média foi de 3,59%. Ajustada para 21 dias úteis para equivaler ao CDB, a TBF ficaria em 3,50%.

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