São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995
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"INSTANTÂNEOS DO SÉCULO 20"

``A criação era agora essencialmente mais cooperativa que individual, mais tecnológica que manual. (...) Os talentos que entravam nas formas características de criação do século 20, sobretudo produtos para o mercado de massa, ou subprodutos do mercado de massa, não eram inferiores aos do clássico modelo burguês do século 19, mas não podiam mais se dar ao luxo do clássico papel do artista solitário. Sua única ligação direta com os antecessores clássicos era através de um limitado setor das `grandes artes' que sempre operara através de coletivos: o palco. Se Akira Kurosawa, Luchino Visconti ou Serguei Eisenstein -para citar apenas três artistas inquestionavelmente muito grandes do século, todos com origens no palco- houvessem desejado criar à maneira de Flaubert, Courbet ou mesmo Dickens, nenhum deles teria ido muito longe."

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