São Paulo, segunda-feira, 31 de julho de 1995
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Palmeiras mostra força, mas campo prejudica espetáculo

WANDERLEY LUXEMBURGO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Foi um jogo muito polêmico e equilibrado, como já se esperava. Uma final nervosa e difícil de arbitrar.
O empate do Palmeiras, no final, mostrou a força do time e que o jogo não termina em 89 ou 90 minutos.
Carlos Alberto Silva está de parabéns por ter conseguido reabilitar a equipe depois de uma goleada de 5 a 0, sofrida para o Grêmio.
Os jogadores do Palmeiras também mostraram experiência e personalidade e não se abateram.
Isso não quer dizer que o Palmeiras seja o favorito para o segundo jogo. Trata-se de uma decisão muito equilibrada.
O Palmeiras chegou a mais uma final pela qualidade de seus jogadores e pela continuidade do trabalho. É um time que já sabe o caminho das conquistas.
O Corinthians está aprendendo este caminho. Foi finalista nas últimas competições e, neste ano, já conquistou a Copa do Brasil.
O sucesso do Corinthians deve-se também ao planejamento.
O time manteve uma base de um ano e meio e está provando que o futebol não é empírico.
No jogo do próximo domingo, vai ganhar aquele que aproveitar os pequenos detalhes.
Lamento apenas que o espetáculo tenha sido prejudicado pelo estado do gramado.
Não tenho nada contra Ribeirão Preto, mas o campo estava ruim. O palco inibiu o espetáculo.
A minha grande preocupação é com a falta de estádios em condições na cidade de São Paulo. É inadmissível que uma final paulista seja disputada fora da capital.
O governo e o município têm que ajudar na reabilitação do Pacaembu e do Morumbi.
O campeonato foi prejudicado pelo problema com os estádios e pelos gramados em más condições. Mesmo com grandes investimentos, o futebol paulista corre o risco de perder a hegemonia.
O regulamento também não beneficiou o time de melhor campanha, no caso a Portuguesa.
As arbitragens também foram polêmicas. Se os juízes brasileiros são competentes para apitar uma decisão, são também para apitar toda a competição. Não seria necessário chamar estrangeiros.
Mas o Campeonato Paulista também teve aspectos bons: a parada técnica e as três substituições.

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