São Paulo, terça-feira, 1 de agosto de 1995![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Alunos de escola estadual ficam sem aula no último dia de reposição
FERNANDO ROSSETTI
Hoje, volta a estudar a maioria dos 6 milhões de alunos da rede. Ontem à tarde, de seis aulas no Brasílio, só duas foram dadas. As outras foram canceladas -seja pela falta de professores, seja pelo número inexpressivo de alunos. Às 15h30, estudantes que deveriam ter aula até as 18h já estavam em frente ao colégio. Segundo eles, toda a reposição foi assim. A secretária da Educação, Rose Neubauer, afirma que só terá um levantamento preciso da reposição no final do mês. Na grande São Paulo, de 2.320 escolas, 1.980 tiveram alguma paralisação: 85 delas conseguiram repor as aulas ainda no primeiro semestre; 665 tiveram que trabalhar também nas férias e 1.230 usaram, para a reposição, além das férias de julho, os sábados. Neubauer exigiu que a reposição ocorresse em julho -e não só aos sábados, como defendiam os professores. ``A secretaria tinha que tomar uma decisão que era melhor para a maioria", afirma. O presidente da Apeoesp (o sindicato dos docentes), Roberto Felício, discorda: ``Essa reposição foi um processo de punição, de talvez até incentivar os professores a não fazerem mais greves". Essa impressão da Apeoesp pode dificultar negociações importantes que ocorrerão este semestre -como uma nova carreira do magistério e a redistribuição das escolas da rede por faixas etárias. ``Acho que o governo se desgastou de uma forma desnecessária com os professores", afirma Felício, sobre a reposição. ``A secretaria (da Educação) deveria se preocupar mais em garantir a qualidade das aulas normais." (FR) Texto Anterior: Mensalidades devem congelar neste semestre Próximo Texto: CET retoma 'Operação Volta às Aulas' Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |